Embora a moratória do crédito à habitação permita uma redução temporária da prestação da casa por dois anos, o Banco de Portugal adverte sobre o aumento futuro dos juros do contrato.
O Banco de Portugal divulgou nesta segunda-feira um esclarecimento sobre o decreto que estabelece temporariamente a prestação do crédito à habitação por meio de uma nova moratória.
Neste esclarecimento de 20 perguntas e respostas, o Banco de Portugal detalha os procedimentos de cálculo e o funcionamento da moratória, para que as famílias que buscam esse apoio estejam bem informadas. Entre as principais preocupações do regulador está o fato de que a adesão à moratória resultará em uma fatura de juros maior ao longo do contrato, quando comparada à não adesão à moratória. “Desde o momento da adesão, o montante de juros mensal será sempre superior ao que seria pago sem aderir a esta medida. Isso ocorre porque a taxa de juro aplicável permanece a contratada e, adicionalmente, são devidos juros pelo adiamento do reembolso do capital.” Assim, “o montante total de juros a ser pago será sempre superior”, destaca o Banco de Portugal.
O regulador também esclarece que, como a adesão a essa medida de fixação da prestação do crédito à habitação implica uma renegociação do contrato de crédito, que não se encontra em mora ou em incumprimento, a adesão à moratória “será automaticamente registada na Central de Responsabilidades de Crédito (CRC) como ‘renegociação regular’.
O meu conselho, neste aspeto, é antes de mais tentar renegociar a prestação da casa com o banco e assim conseguir um alivio nos valores a pagar. Se tem duvidas acerca disso, pode consultar o artigo sobre o tema aqui.