Divida Verde

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A sustentabilidade está a influenciar muitos setores e variadas empresas. Os investimentos financeiros não fogem a esta regra e as obrigações verdes chegaram ao mercado.

A grande diferença nestas obrigações, é que são “verdes”, ou seja, destinam-se a financiar projetos que decorram de investimentos em sustentabilidade e em redução da pegada ecológica e climática. Pode ganhar dinheiro, enquanto contribui para um ambiente melhor.

Obrigações verdes

As obrigações verdes são empréstimos cujo capital se destina a financiar projetos climáticos e ambientais. E cada obrigação representa uma fatia desses empréstimos e rendem juros durante o tempo que dure o empréstimo. No momento em que o empréstimo terminar, o dinheiro é restituído aos investidores. Chamam-se bonds (em inglês), porque representam a obrigação do tomador do empréstimo em pagar o mesmo perante o investidor, daí a palavra bond = ligação. Os bonds, podem render juros de forma mensal, trimestral, semestral ou anual, dependendo do caso.

Social e Sustainable bonds
Espécie de irmão mais novo dos green bonds, os social bonds seguem a mesma lógica, mas, neste caso, os projetos financiados têm que ter benefícios sociais definidos. 

Exemplos: acesso a infraestrutura básica, como água, esgotos e saneamento.

Sustainability Linked Bond (SLB)

Espécie de primo dos green bonds, e membro mais recente da família, neste caso a empresa compromete-se a atingir certas metas de sustentabilidade em determinado tempo, usando para isso a emissão de bonds de divida. Caso a empresa falhe na implementação, os juros sofrem uma penalização e os investidores são recompensados.

Há casos em que existe um “step down, ou seja, o cumprimento da meta estabelecida pela empresa, resulta numa menor taxa de juro, paga ao investidor. Estes casos são raros, dada a sua fraca popularidade junto dos investidores.

Em caso de duvida, consulte sempre a FINE (Ficha Normalizada de Informação).

Regulação

A necessidade de regulação e de validação do que são obrigações verdes exige uma clarificação e harmonização dos critérios. Só assim vai ser possível aumentar a credibilidade destes instrumentos. Nesse sentido, estão a criar-se regulamentos, requisitos e diretrizes mais detalhados e concretos sobre os tipos de ativos e de projetos que cabem no conceito de green bond.

Até há poucos anos as obrigações verdes eram auto-rotuladas pelo respetivo emissor. Mas hoje já existem organizações independentes que podem validar esses títulos de dívida. Atualmente, na Europa, segundo Climate Bonds Iniciative, 98% das obrigações verdes emitidas são alvo de uma revisão por uma entidade independente que analisa e emite pareceres sobre a natureza dos projetos e o seu alinhamento com critérios reconhecidos como, por exemplo.

Green Bonds: um mercado em crescimento e cada vez mais dinâmico

É de esperar que os produtos financeiros ligados ao investimento sustentável sejam mais procurados e cresça a sua oferta privada. Mas não só. A própria União Europeia emitiu 225 mil milhões de euros nestes instrumentos para financiar a recuperação da economia, que foi abalada pelas consequência do COVID-19.

Já sabe, então o que são as green bonds. Se quiser subscreve-las, basta estar atento aos prazos de subscrição e falar com o seu gestor do banco.

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