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Temos vindo, a lidar na Europa, e em Portugal com uma taxa de inflação crescente. Essa taxa de inflação, acontece por vários motivos, sendo que um deles, foi a invasão russa da Ucrânia e o consequente aumento dos preços dos combustíveis. Por outro lado, a reabertura pós-covid, causou uma pressão acrescida sobre as empresas que tinham parado temporariamente a sua laboração e que de um momento para o outro se viram confrontadas com uma procura crescente e pouca capacidade para a satisfazer.
Quem me acompanha, sabe, que tenho previsto tempos conturbados para a China e uma crescente hostilização em relação aos Estados Unidos e a Taiwan.
O mercado imobiliário chines, continua, instável, fruto da restruturação da divida da maior construtora do pais, a Evergrande. Há cerca de 11,6 milhões de jovens chineses, que irão terminar os seus estudos universitários este ano, e que não sabem se terão saídas profissionais.
Sem empregos, a China manda os jovens licenciados “arregaçar as mangas”
Liang Huaxiao, licenciada em Matemática Aplicada, tentou arranjar emprego num dos gigantes da indústria tecnológica chinesa durante dois anos. De seguida, tentou o apoio ao cliente e as vendas. Depois, candidatou-se ao lugar de assistente numa padaria e num salão de beleza
Tudo isto, e mais alguns fatores, levaram a uma contração na procura interna chinesa e consequentemente a menores gastos. O fato, é que enquanto aqui, o dinheiro cada vez vale menos, por lá, cada vez vale mais. Se pensa, que isto são boas notícias, nada está mais longe da verdade. Conforme publicado no site do jornal Publico.
Uma deflação, como a que experimentamos cá na Europa, por exemplo, com os produtos eletrónicos, fará com que haja uma queda a pique nos preços. Isto causará, que a procura desça inevitavelmente. Ninguém vai gastar 5 euros hoje, sabendo que amanhã esses 5 euros lhe comprarão o mesmo que 10 ou 15 neste momento. É uma inflação ao contrário!
O pior, é que a China, verá assim as divisas a valorizarem, ao mesmo tempo, que não consegue escoar internamente os seus produtos. A única solução será a venda de mercadoria aos mercados externos. Se, acha que os chineses já estão a destruir a nossa economia com preços baixos, imagine o que acontecerá, quando eles não tiverem alternativa a não ser vender a preços ainda mais baixos e em maiores quantidades.
Além disso, as empresas chinesas ao venderem a preços cada vez mais baixos, terão dificuldade na hora de investir e de pagar salários.
Não existem modelos económicos fiáveis para lidar com a deflação. Ninguém pode obrigar as pessoas a gastar.
O governo chines, pouco tem feito até agora para desmontar a situação, e não se sabe que politicas implementará no futuro.
Agora, imagine uma China, com muitos desempregados, fraca procura interna e à beira do colapso económico. Sabe como vão lidar com esta situação os líderes chineses? A resposta, provavelmente será só uma. Uma invasão a Taiwan e uma guerra com os Estados Unidos, para assegurarem o seu poder e manterem o seu povo complacente, enquanto culpam o Ocidente pelo colapso económico. Já se começam a ver movimentações nesse sentido de parte a parte.
Já se sabia, que a economia chinesa, não era assim tão robusta como aparentava e que tinha grandes falhas estruturais. O problema, é que essas falhas que agora começam a aparecer e a crescente hostilidade da China, podem representar um problema grave no futuro.
Espero bem, estar errado, e que não tenhamos nem uma (nova) invasão económica chinesa, nem uma nova guerra no outro extremo do globo.