A inteligência artificial da Microsoft, o ChatGPT já começa a influenciar o mercado de trabalho.
Já são 4.500, as empresas a nível mundial que usam a tecnologia da Microsoft para aumentar a produtividade no local de trabalho. Esta revelação foi feita por Alberto Granados na quinta-feira durante a realização da Microsoft IA & Innovation Summit, em Madrid, que indicou o a a quantidade de empresas que usam o “serviço” de Inteligência Artificial (IA) generativa da Microsoft (AzureOpenAI).
A grande diferença, entre o ChatGPT e o AzureOpenAi, é que este serviço pago, utiliza uma camada extra de segurança, para que os dados sensíveis do utilizador fiquem protegidos.
Relembro que o Parlamento Europeu, aprovou recentemente uma proposta de lei que vai tentar regular o uso e o desenvolvimento da Inteligência Artificial, face aos receios existentes de que a mesma possa ser potencialmente perigosa.
Esta noticia avançada pelo Jornal Económico e que pode ler aqui, apenas vem confirmar aquilo que há muito já se sabia, que face ao desenvolvimento da IA e às suas possibilidades (ainda) um pouco limitadas, as empresas já começam a se aperceber de que a IA vai ser o caminho do futuro, dada a sua capacidade de analisar dados em pouco tempo e dar resultados bastante precisos.
O seu emprego pode estar em risco?
É uma pergunta a que ninguém saberá neste momento responder. Historicamente falando o desenvolvimento tecnológico, desde o inicio da Revolução Industrial há cerca de 250 anos, tem destruído e criado empregos, sendo que até ao momento o rácio de trabalhos destruídos para aqueles efetivamente criados é positivo.
No entanto, tecnologias como os chatbots e mais recentemente, os programas de criação de imagens com recurso a IA, poderão num futuro próximo, eliminar alguns empregos, tais como os operadores de call center e os designers digitais, ou pelo menos reduzir grandemente a necessidade desses mesmos trabalhadores.
Como tudo, apenas poderemos esperar para ver.
No entanto, saliento que, desenvolvimentos tecnológicos passados, apenas exacerbaram a necessidade de os trabalhadores se manterem em constante evolução e aprendizagem.
Precisamos cada vez mais de pessoas com capacidades criativas, capazes de superar o papagaio da Inteligência Artificial.
De qualquer forma, estas mudanças poderão potencialmente levar décadas, e até lá, nós todos como sociedade deveremos estar relativamente adaptados à nova realidade.
O professor Arlindo Oliveira, em entrevista à Radio Renascença, que pode ler aqui, alertou para os perigos da IA no mercado de trabalho.
De qualquer forma, a incerteza no mercado de trabalho está ai para ficar e a velha máxima de sobrevivência do mais forte vai ser mais atual que nunca. A diferença é que essa força terá de ser interior, para sermos cada vez mais capazes de superar a maquina inteligente.