A eletricidade em Portugal, vai aumentar no próximo ano, devido a mudanças na tarifa social , cujo custo está programado para aumentar, atingindo os 130 milhões de euros. Esta alteração representa uma mudança significativa no modelo de financiamento, visto que, até este ano, os produtores de eletricidade, como a EDP Produção, suportavam esse encargo.
No entanto, a partir de agora, esse custo será partilhado por todos os consumidores.
Vítor Machado, representante da Deco no Conselho Tarifário da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, explicou ao “Correio da Manhã” que essa mudança no pagamento da tarifa social, que resultará em um aumento na conta de eletricidade, é uma consequência direta da revisão do modelo de financiamento.
O novo modelo, já em vigor, amplia o escopo e o número de entidades que contribuirão para a tarifa social de eletricidade.
Anteriormente limitada aos produtores, agora também incluirá os comercializadores de energia elétrica e outros agentes envolvidos na função de consumo. Isso significa que os comercializadores terão a responsabilidade de pagar, e esse custo será repassado aos consumidores.
A proposta da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) para um aumento de 1,9% no preço da eletricidade já está em discussão, embora ainda precise de ser revista pelo mercado.
Atualmente, a tarifa social beneficia 752 mil famílias (dados de outubro), embora esse número tenha atingido 816 mil em julho passado. Esta mudança no financiamento levanta preocupações sobre o impacto financeiro nos consumidores, à medida que o encargo é transferido para uma base mais ampla de participantes no setor elétrico.
De uma coisa, todos podemos ter certeza, é de que a ser aprovada esta medida, todos os consumidores de eletricidade em Portugal vão pagar mais pela mesma, exceto, claro, aqueles que tenham tarifa social.
Acredito, que neste momento de dificuldades, que todas as famílias e empresas portuguesas estão a passar, esta não será a melhor forma de resolver o problema do financiamento.