Aumento médio no próximo ano deverá ser de 3,9%, segundo as estimativas das empresas nacionais.
O Relatório “Salary Budget Planning“, compilado pela divisão de Reward Data Inteligence da WTW, chegou a este valor após resposta de 396 empresas nacionais.
Assim, os salários previstos dos trabalhadores para o próximo ano deverão subir abaixo da estimativa da inflação. O governo apresentou a estimativa de que devemos terminar 2023, com uma inflação de 5,2% e de 3,3% em 2024.
Os trabalhadores terão, um aumento salarial muito superior ao registado nos últimos 10 anos, mas mesmo assim, perderão poder de compra.
Num mercado de trabalho cada vez mais dinâmico, as empresas tentam apostar na retenção de talentos. Para conseguir isso oferecem outras regalias, além do salário.
As empresas que tenham uma estratégia clara a nível de compensação dos trabalhadores e uma boa compreensão dos fatores que os afetam serão as mais dinâmicas.
O mercado de trabalho, encontra-se em evolução, e as certezas de ontem poderão não se aplicar amanhã.
No topo dos fatores que vão influenciar a as alterações salariais está a pressão inflacionista, referida por 71,3% dos inquiridos no estudo.
A esta, segue-se o mercado de trabalho mais restrito, uma preocupação indicada por 46,7% dos inquiridos.
Atrair e reter trabalhadores continua a causar dificuldades a quase metade (40%) dos empregadores, uma situação a que não será de todo alheia, as baixas remunerações e a insatisfação dos trabalhadores.
Mais de metade dos inquiridos (57%) introduziu mais flexibilidade no local de trabalho, e 30% aumentou os salários de entrada. 32% das empresas inquiridas, iniciou uma revisão completa da remuneração dos trabalhadores.
Contudo, é de notar que Portugal, continua a ter dos salários mais baixos da Europa Ocidental e que está situação, não deverá mudar num futuro próximo.
Por causa de toda esta situação, começa-se a a notar uma certa permeabilidade no mercado de trabalho.
Não esquecer, que o governo avançou com a medida de transformação digital e que distribui um apoio de 750 euros anuais, por trabalhador para a formação na área.
Os trabalhadores serão, assim, dotados das ferramentas necessárias para sobreviver neste mundo cada vez mais digital.