Como Estamos Programados Para Ser Pobres

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Estamos programados desde a nascença para sermos pobres!

Na nossa sociedade atual, muitas pessoas carregam, sem o saberem, certas crenças e hábitos que atrapalham o seu progresso financeiro. 

Existem uma série de influências que subtilmente nos direcionam para comportamentos e decisões financeiras, que muitas vezes resultam em dificuldades em vez de prosperidade. 

é como se uma mão invisível guiasse as nossas ações.

Ela influencia-nos a fazer escolhas que nos impedem de atingir o nosso potencial de riqueza. Vamos conhecer melhor estas narrativas e comportamentos profundamente enraizados, para nos ajudar a reconhecê-los, desafiá-los e preparar o caminho para a viagem em direção à alfabetização financeira e à criação de riqueza. Vou-lhe mostrar como mudar de uma mentalidade de escassez para uma mentalidade de abundância.

Acreditar Que A Educação Financeira Não É Necessária

A programação social diz-nos que a educação financeira não é tão necessária ou valiosa quanto as áreas tradicionais de estudo. 

Muitas pessoas chegam à idade adulta sem uma compreensão firme de conceitos financeiros cruciais, como orçamento, investimento ou crédito. Esta falta de conhecimento financeiro, dificulta a tomada de decisões informadas sobre dinheiro, levando muitos a dificuldades financeiras evitáveis. Compreender o dinheiro – como administrá-lo, investi-lo e fazê-lo crescer – é fundamental para alcançar segurança financeira e a riqueza.

Defender A Segurança Do Emprego Em Detrimento Do Empreendedorismo

A sociedade costuma argumentar que seguir uma carreira tradicional oferece mais segurança e estabilidade do que a aventura do empreendedorismo. Esta programação começa cedo, com os sistemas educacionais a enfatizarem a preparação para o trabalho em detrimento da criação de negócios. 

Como resultado, muitas pessoas optam pela segurança percebida de um salário estável em vez das recompensas incertas do empreendedorismo. 

O empreendedorismo tem um potencial de ganho ilimitado e de criação de ativos que podem gerar riqueza a longo prazo. Ser empreendedor, apesar dos seus riscos, pode levar à independência financeira.

As escolas educam as pessoas para se tornarem funcionários e ensinam que o ensino superior é o único caminho. 

As escolas servem para formar empregados!

Mantém (ainda hoje) um sistema de ensino rígido e tradicionalista, em que os alunos são como funcionários de uma fábrica sentados nos seus postos de trabalho, em frente a um supervisor.

Ninguém, lhe diz para deixar o seu trabalho, mas procure algo de que goste, e faça disso um negocio.

Incentivar A Recompensa Instantânea Em Vez Da Satisfação Adiada

Num mundo de compras instantâneas, somo incentivados a comprar no imediato.

Esta mentalidade leva às compras por impulso, ao endividamento e à negligência do plano financeiro de longo prazo. Ela desencoraja a prática de poupar, investir e esperar que os benefícios dos juros compostos entrem em vigor. 

Se gasta mais do que ganha, estará sempre falido, não importa o quanto ganhe. 

Por isso, as finanças pessoais são principalmente o controle sobre os gastos excessivos, uma vez que se ganha o suficiente para pagar as contas.

Ter Medo Dos Riscos Calculado

Esta programação pode limitar a nossa disposição de assumir riscos financeiros calculados, como investir na bolsa de valores ou abrir um negócio. No entanto, esses empreendimentos, embora arriscados, têm potencial para gerar riqueza significativa. Superar o medo do risco calculado costuma ser um passo crítico em direção à liberdade financeira. O caminho para a riqueza apenas se percorre correndo riscos inteligentes e calculados.

Propagar Uma Mentalidade De Escassez Sobre Uma Mentalidade De Abundância

É, esta programação, que nos vai limitar na nossa busca de riqueza. Acreditamos que o fato de estarmos a ganhar, vai prejudicar os outros. Nada poderia estar mais longe da verdade. Muitas vezes, aqueles que têm mais, doam partes da sua fortuna para ajudar os mais desfavorecidos. O milionário Bill Gates, já doou partes consideráveis da sua fortuna para ajudar os outros.

O dinheiro não o vai tornar mau, apenas vai potenciar e aumentar todas as suas forças e fraquezas.

Ensinar Que A Casa Própria É O Melhor Investimento

Uma parte padrão da programação financeira é a crença de que possuir uma casa simboliza o sucesso financeiro. Embora a casa própria possa ser um componente de um plano financeiro saudável, não é, nem pode ser o expoente máximo do nosso plano. 

As casas vêm com custos contínuos e nem sempre vão valorizar o valor esperado. Essa programação pode levar a colocar demasiada importância na compra de casa própria em vez de outras oportunidades de investimento.

Uma casa é um passivo quando se está a pagar uma hipoteca mensal e custos de manutenção; ela só se torna um ativo quando a vendemos com lucro.

Neste momento que atravessamos, com as taxas de juro, ainda longe de estabilizarem, mais um motivo para pensar assim. Se quiser comprar casa nova, tente não lhe destinar mais de 20% do seu rendimento mensal.

Desencorajar A Aprendizagem Contínua E A Melhoria De Habilidades

A noção de que aprendizagem termina após a educação formal pode estagnar o nosso crescimento pessoal e financeiro. No cenário econômico e tecnológico em rápida mudança de hoje, a aprendizagem continua e o aprimoramento das habilidades são mais importantes do que nunca. No entanto, a programação que muitos de nós recebemos desencoraja essa busca, dando a entender que a aprendizagem é apenas para os jovens ou para os que estão na escola. A aprendizagem continua pode aumentar o nosso valor no mercado, aumentar o nosso potencial de ganhos e fornecer as ferramentas para navegar num cenário econômico em evolução. A educação não precisa ser acadêmica para mudar a sua vida, e a autoeducação nunca foi tão fácil em finanças pessoais, investimentos e na construção de um negócio.

Promover Normas Culturais Ou Sociais Que Levam A Maus Hábitos Financeiros

A sociedade e a cultura desempenham um papel significativo na formação dos nossos hábitos financeiros. Muitas normas culturais e sociais promovem comportamentos prejudiciais à saúde financeira, como o consumo ostensivo, comprar bens descartáveis ou evitar discussões sobre dinheiro. 

Essa programação não só normaliza os maus hábitos financeiros, mas também estigmatiza comportamentos de criação de riqueza. Reconhecer e desafiar essas normas pode ajudar a adotar hábitos financeiros mais saudaveis.

Evitar Discutir Dinheiro E Finanças

 Este silêncio forçado, pode impedir-nos de aprender com as experiências dos outros e obter conselhos valiosos sobre gestão de dinheiro. 

Incentivar discussões abertas e honestas sobre dinheiro pode ajudar a quebrar este ciclo e promover melhores hábitos financeiros.

Devemos habituar-nos a falar sobre dinheiro.

Espalhar Perceções Negativas De Riqueza E Pessoas Ricas

Estereótipos negativos sobre os ricos são comuns na nossa sociedade.

Esta programação pode nos desencorajar de aspirar à riqueza, associando o sucesso financeiro a características negativas. Compreender que a riqueza e a moralidade não são mutuamente exclusivas e reconhecer o potencial positivo da riqueza pode ajudar a desafiar esses estereótipos nocivos. Os empreendedores criam os negócios em que as pessoas trabalham, os produtos que usam e os serviços de que precisam. Os empresários são a espinha dorsal da economia.

São eles, que criam as inovações que desenvolvem riqueza. Os países com poucos empreendedores, como Portugal, e com forte aposta no turismo, tornam-se economicamente estagnados.

Criticar O Sistema Econômico

A descrença no nosso sistema econômico geralmente é-nos incutida desde novos.

 Não querer participar do capitalismo de livre mercado ou demonizá-lo como um sistema injusto leva a não aproveitar as oportunidades de construir riqueza por meio da criação econômica.

Reconhecer esses padrões de programação social e cultural é o primeiro passo para desmantelá-los. Podemos reescrever os nossos roteiros financeiros e traçar o nosso caminho em direção à abundância financeira questionando essas narrativas. Abrace a oportunidade e a liberdade de criar algo de valor no mercado.

Principais Conclusões

  • Desconsiderar a importância da literatura financeira leva à ignorância financeira.
  • Defender o emprego estável em detrimento de empreendimentos inovadores impede o potencial de criação de riqueza.
  • A promoção da satisfação imediata estimula hábitos de consumo pouco saudáveis.
  • Cultivar a apreensão em relação aos riscos calculados limita as oportunidades de crescimento financeiro.
  • Promover uma mentalidade de recursos limitados obstrui a busca pela prosperidade.
  • Defender a casa própria como o principal investimento pode distorcer o planeamento financeiro.
  • Impedir o aprendizado contínuo dificulta o crescimento pessoal e as perspetivas de ganhos.
  • Manter os costumes sociais que promovem a má administração fiscal pessoal normaliza a imprudência financeira.
  • Não falar sobre questões financeiras impede a partilha de sabedoria financeira.
  • A perpetuação de estereótipos negativos sobre a riqueza impede a aspiração à riqueza.
  • Reforçar preconceitos econômicos e não acreditar no capitalismo cria disparidade de riqueza.

Conclusão

Reconhecer e enfrentar o condicionamento social e cultural que cultiva a inaptidão é crucial para alcançar a liberdade financeira. Isto significa questionar as narrativas enraizadas sobre dinheiro, riqueza e sucesso e aprender a navegar pelos preconceitos e obstáculos do nosso cenário econômico. Com a literatura financeira, adotando empreendimentos empresariais, promovendo a satisfação adiada e adotando uma mentalidade de abundância, podemos redefinir o nosso relacionamento com o dinheiro e traçar um caminho em direção à riqueza e prosperidade duradouras.

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